Um grande e aplaudido "bravo!" aos senhores da Fnac, que já incluem o Isaac Asimov na secção de literatura dita normal.
long sing the night bugs, the truth-tellers
quinta-feira, 30 de abril de 2009 à(s) 22:17 Etiquetas: { mind } {2 zumbidos}
Um grande e aplaudido "bravo!" aos senhores da Fnac, que já incluem o Isaac Asimov na secção de literatura dita normal.
quarta-feira, 29 de abril de 2009 à(s) 21:42 Etiquetas: { mind, sister sarah } {0 zumbidos}
terça-feira, 28 de abril de 2009 à(s) 20:11 Etiquetas: { body } {3 zumbidos}
Quando o rapaz giro da caixa elogia as nossas escolhas gastronómicas como quem pede um convite para ir jantar lá a casa.
sábado, 25 de abril de 2009 à(s) 22:51 Etiquetas: { mind } {0 zumbidos}
A lua nova nunca foi o meu forte.
quarta-feira, 22 de abril de 2009 à(s) 22:22 Etiquetas: { mind } {1 zumbidos}
à(s) 16:45 Etiquetas: { heart } {6 zumbidos}
e para mim, que bem preciso ser defendida de mim própria...
O que eu quero fazer é o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Teixeira de Pascoaes meteu-se num navio para ir atrás de uma rapariga inglesa com quem nunca tinha falado. Estava apaixonado, foi parar a Liverpool. Quando finalmente conseguiu falar com ela, arrependeu-se. Quem é que hoje é capaz de se apaixonar assim?
Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato. Por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria. (...) Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há. Estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.
Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o medo, o desequilíbrio, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa a beleza. É esse o perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A"vidinha" é uma convivência assassina.
O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente.
O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita. Não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar. O amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder, não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.
terça-feira, 21 de abril de 2009 à(s) 22:14 Etiquetas: { mind } {2 zumbidos}
Quando era pequena ensinaram-lhe a contar o tempo de forma matemática. Lógica, limpa e mecânica.
Já crescida, deu por si a tropeçar, desengonçada, nos momentos em que o ritmo se tornava mais complexo e surgia todo um arsenal de sinais confusos.
Assumiu a sua culpa, ignorância e falta de destreza e, toda humildade, pediu aos sábios que lhe ensinassem o tempo de novo. Os sábios, encantados com a nova discípula, perceberam que a falha não estava nela - e sim no sistema que utilizava.
Já crescida, reaprendeu a contar o tempo. De forma simples, quase infantil e bem mais eficaz.
sexta-feira, 17 de abril de 2009 à(s) 22:11 Etiquetas: { heart } {0 zumbidos}
He was in love with the most beautiful Reed. He had met her early in the spring (...) and had been so attracted by her slender waist that he had stopped to talk to her.
"Shall I love you?" said the Swallow, who liked to come to the point at once.
quinta-feira, 16 de abril de 2009 à(s) 23:15 Etiquetas: { mind } {3 zumbidos}
Vagueando toda a noite.
Bebendo todo o dia.
Vida de pobre
Ninguém nos tira uma fotografia.
Já aborrecidos à tarde
Bafámos um charro.
A alegria voltou
Mijámos em cima de um carro.
Embora o verso pareça fácil
Ainda tive de reflectir um bocado.
Agrada-me escrever
Sobre o futuro, presente e passado.
quarta-feira, 15 de abril de 2009 à(s) 22:54 Etiquetas: { heart } {2 zumbidos}
terça-feira, 14 de abril de 2009 à(s) 21:19 {0 zumbidos}
à(s) 02:15 Etiquetas: { mind, post secret } {0 zumbidos}
segunda-feira, 13 de abril de 2009 à(s) 21:47 Etiquetas: { post secret } {0 zumbidos}
domingo, 12 de abril de 2009 à(s) 04:29 Etiquetas: { pen } {0 zumbidos}
it is quiet my love
I do not float away
at your sight at your words
at your matter of gray
it is rooted my love
like the ancient cool stream
your reflection so close
to the one I have seen
and they're crappy, my love
these words and the rhymes
as it's born in the heart
love, not in the mind
sexta-feira, 3 de abril de 2009 à(s) 00:37 Etiquetas: { eye, lousy guru } {1 zumbidos}
A melhor banda do mundo na mais aconchegante das livrarias
à(s) 14:42 Etiquetas: { prozac } {1 zumbidos}
A feirante-livreira lia a Mafalda, quando uma velhinha se aproxima da caixa para pagar um livro com uma freira na capa.
- São 2.99, por favor.
A velhinha pega no porta-moedas.
- Se tiver os 3...
- Não, menina, os três já perdi.